Parece uma pergunta fácil de responder. Basta entrar no site da tabela FIPE, inserir dados como ano do modelo do carro, ano de fabricação, especificar marca e depois buscar qual o modelo exato do seu carro em uma lista que aparece. Pronto! Ali, previamente, aparece o preço do seu veículo, que inclusive é a base que a seguradora utiliza para ressarcimento de roubo ou perda total.
Entretanto, a FIPE oferece uma base. Outros fatores precisam ser levados em consideração no momento de compor o preço de venda do seu carro, como por exemplo a região. O preço do veículo pode variar dependendo do Estado e até mesmo da cidade em que está. É muito comum lojistas de fora de São Paulo, por exemplo, vir para cá onde a oferta é maior e conseguir comprar carros para revender em cidades do interior com maior preço.
Outro fator clássico é a procura pelo modelo. Sabemos muito bem que existem modelos que são muito mais desvalorizados do que outros. A procura pode ser baixa pela má fama que o carro ganhou por exemplo com alto preço de manutenção e peças, índice de roubo maior que outros do mesmo mercado, o que encarece o seguro, ou até mesmo gosto popular. Já ouviu a expressão: “esse ai casou com o carro”?
Outra questão que define o preço do automóvel é a manutenção preventiva e outras despesas pagas, como exemplo o IPVA. Você procurar um carro no qual o proprietário acabou de trocar os 4 pneus, óleo, mandou alinhar e balancear e apresentou um documento de revisão completa realizada, obviamente esse veículo terá uma vantagem de venda muito maior.
Mesmo com a base da FIPE, é muito importante estudar o que o mercado está praticando. Vale lembrar que lojas e concessionárias oferecem uma média de valor 20% abaixo da tabela. Por outro lado, não é fácil também vender o carro no particular pelo preço exato de tabela. Com algumas ressalvas, não é difícil entrar em sites online de venda de veículos e perceber que um carro está anunciado há mais de um mês para vender e no preço mais alto que os concorrentes. O dono acha o carro dele está acima da média e portanto o preço precisa ser acima até da base da FIPE. Obviamente o carro em excelente estado tem a vantagem, mas quem manda é o mercado e é preciso ter bom senso na negociação evitando esses dois extremos que acabei de colocar: a supervalorização do dono e a desvalorização das lojas. Importante lembrar que o choro e o desconto é praxe deste mercado. Tenha sempre uma margem de negociação.
Além de tudo isso, obviamente o estado do carro conta e conta muito! A manutenção em dia da mecânica, segurança e parte elétrica é fundamental e a funilaria é a “maquiagem”. Um amassado na porta, por exemplo, pode custar R$350,00 para arrumar. Mas na hora da venda, a desvalorização é muito maior que esse valor. Então tem coisa que vale a pena arrumar antes de vender. Quem gosta de comprar um carro e na próxima semana deixá-lo em um funileiro para arrumar? Até porque assim como qualquer produto, temos que imaginar que a outra pessoa está ali muitas vezes realizando um sonho e o visual, a forma de apresentação e a valorização dos pontos positivos do seu carro fazem a diferença.